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sábado, 11 de fevereiro de 2012

Ministro da Justiça: sob pressão, aprovar PEC 300 é inviável

Marina Dias

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A greve da Polícia Militar na Bahia e a paralisação dos policiais civis, militares e bombeiros do Rio de Janeiro foram analisadas pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, como o início de um movimento nacional de pressão ao governo para que a PEC 300 - emenda constitucional que estabelece um piso nacional para a categoria - fosse aprovada.

No entanto, o ministro acredita que "atos de vandalismo" de alguns dos líderes enfraqueceram o ensaio para a agitação conjunta. Segundo Cardozo, a aprovação da PEC 300 nesse momento é "inviável".

"As greves surgiram de uma reivindicação salarial, o que é de âmbito dos Estados. Não há dúvida de que havia um movimento nacional para pressionar o Congresso a aprovar a PEC 300, o que é inviável. Qualquer situação de execução dessa PEC é inviável", afirmou o ministro em entrevista a Terra Magazine.

"Atos de vandalismo mostraram quais eram as reais inteções de alguns dos líderes. Isso enfraqueceu os movimentos de greve, porque muitos dos policiais e bombeiros não queriam ser vinculados a um comportamento de violência", explicou o ministro.

De acordo com Cardozo, que vem conversando com os governadores da Bahia, Jaques Wagner (PT), e do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), com frequência nas última semanas, o cenário projetado para os próximos dias é de "diminuição das greves" e não há porque ter qualquer tipo de preocupação com o andamento do Carnaval. "O governo federal está pronto para enviar tropas, se necessário, para qualquer Estado do País. A festa irá transcorrer normalmente, não há com o que se preocupar", garante.

Fim das greves

O ministro acredita que somente o diálogo é capaz de colocar fim às greves na Bahia e no Rio de Janeiro, já que a possibilidade de aprovação da PEC 300 sob pressão não está sendo cogitada. "Para resolver a situação das greves, é necessário buscar o diálogo entre governo federal e a polícia, olhando para a questão pontual de cada Estado. Procuraremos o diálogo para mostrar que atos de vandalismo não contribuem em nada. Pelo contrário, apenas geram olhar negativo por parte da opinião pública".

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